Atitudes, comportamentos e mudança dos paradigmas pessoais

Autora: Lucimara Byhain de Oliveira
do Instituto Agenda Positiva

Quantas vezes, deparamo-nos com comportamentos que não estão de acordo com o que pensamos, sentimos e queremos? E vamos refletir o contrário: quantas vezes pensamos, sentimos e queremos algo, mas não agimos de acordo? Esse conflito interno que acontece em nós causa um certo desconforto, pois, afinal, queremos que nosso comportamento nos leve a sucessos pessoais e profissionais que só cabe a nós estabelecer.

Para entendermos como se desenvolve nosso comportamento, vamos esclarecer a sutil diferença entre atitude e comportamento que, no dito popular, tem o mesmo significado, mas são conceitos que diferem.

 

O que são os comportamentos?

Comportamentos são, simplesmente, as nossas ações públicas, tudo o que externalizamos, o que falamos e como falamos, os gestos voluntários e os involuntários. Já a atitude é um pouco complexa, pois envolve a composição de sentimentos, pensamentos e a tendência que temos de agir diante das mais variadas situações do dia a dia, muitas vezes enraizados culturalmente e que adquirimos ao longo da vida. Nesse sentido, a atitude seria algo voltado para nosso interior. É a antecipação do comportamento, enquanto este estaria voltado para o nosso exterior, o que, de fato, materializamos.

O comportamento é movido pelos nossos sentimentos e pensamentos (componentes estes da atitude). Assim, ao falarmos em mudança de comportamento, precisamos, primeiro, mudar o que pensamos e o que sentimos, nossa mente e o nosso coração. Não é uma tarefa fácil, mas um exercício diário que precisa ser iniciado. A mudança que tanto buscamos não está no externo, e sim no nosso interior, para que cresçamos enquanto pessoas em busca do bem-estar comum.

 

E nossas atitudes, o que são?

Podemos entender, ainda que minimamente, que nossas atitudes podem ser conscientes – o que traz em evidência nossa capacidade de controlar nossos pensamentos – ou inconscientes – o habitual pensamento automático, aquele sem esforço. Para tornarmos nossas atitudes mais potentes, é essencial que pensemos sobre elas, que tomemos consciência de nós mesmos. Assim, nosso comportamento se torna consciente para nós e desenvolvemos, então, habilidades de controlar nossas ações, trazendo para nós a responsabilidade que temos sobre a nossa vida, trazendo o protagonismo de que precisamos.

Assim, para mudanças significativas de certos comportamentos, há necessidades significativas de mudar nossos pensamentos e sentimentos, bem como nossas percepções sobre algo ou alguém, uma verdadeira mudança de paradigmas. É um exercício diário e um desafio que precisamos buscar, pois há situações em que apenas nós podemos fazer algo por nós mesmos. Por exemplo, alimentação adequada, uma vida saudável, busca do sucesso pessoal e profissional, um estudo de qualidade. É com muita habilidade que conseguimos várias desculpas ou culpados para relativizar nosso (in)sucesso. Mudamos, primeiro, nosso interior para, depois, modificarmos o exterior. E lembrando que essa mudança precisa ser genuína, o motivo é um determinante importantíssimo. A mudança motivada em busca de um bem-estar comum é muito mais eficiente do que aquela motivada por medo de punições, receios e julgamentos.

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